terça-feira, 10 de março de 2009

Ponte Rio-Niterói terá "cabine flex" para atender aos motociclistas

Os cerca de seis mil motociclistas que circulam diariamente pela Ponte Rio-Niterói vão ganhar uma cabine exclusiva para pagar o pedágio, evitando conflitos com os motoristas. A concessionária Ponte S/A deu início às obras de construção de uma "cabine flex", que será usada por motocicletas e veículos leves na cabine 7, que fica no meio da praça da pedágio. As obras estão sendo feitas durante a madrugada e deverão estar prontas até o último fim de semana do mês, quando será realizado, de 26 a 29 de março, o 14º Encontro Internacional de Motociclistas de Rio das Ostras (Ostrascycle 2009), que reunirá cerca de 30 mil motociclistas da América Latina, na Praia de Costa Azul. As motos representam 4,5% do movimento de veículos na ponte.

Na cabine especial, haverá espaços de 1,5 metros para motos e 2,5 metros para veículos leves (com limite de largura e altura). No local ficarão dois arrecadadores, cada um virado para um lado. Operários estão quebrando a mureta de concreto para aumentar o vão da cabine 7. Atualmente, existem duas cabines preferenciais para motos, mas os conflitos com os motoristas são constantes porque as motociclistas têm preferência para passar na frente dos carros. O sistema foi testado em abril de 2008 e aprovado por motociclistas e motoristas.

- A motocicleta é a categoria que mais cresce na ponte. Há um ano, as motos representavam 3% do movimento de veículos na ponte. Hoje, o percentual subiu para 4,5%, o que representa seis mil motos por dia. A "cabine flex" vai beneficiar os motociclistas e também os motoristas - afirmou o gestor de atendimento da Ponte S/A, Virgílio Ramos.

O presidente da Associação dos Motociclistas do Estado do Rio (AMO-RJ), Aloisio Braz, disse que a "cabine flex" é uma boa iniciativa, mas pode ser uma faca de dois gumes:

- É importante que as duas cabines preferenciais sejam mantidas. Caso contrário, vai se formar uma fila enorme de motos na hora do rush, provocando uma grande confusão na praça de pedágio - alertou.

O engenheiro e motociclista Lúcio Paredes de Almeida também defende a manutenção das cabines preferenciais e disse que um dos principais problemas para o tráfego de motos na ponte é a transição de três para quatro pistas:

- As quatro pistas podem ser boas para dar fluidez ao tráfego de veículos, mas são péssimas para os motociclistas porque reduzem o espaço entre os carros, que é o corredor característico para o tráfego de motos - explicou.

Paulo Roberto Araújo

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